Quem nunca se viu surfando pelas páginas de agências ou empresas de viagens, como CVC, Hotel Urbano (Hurb), 123 milhas, entre outros, imaginando a próxima viagem?
Todas essas empresas possuem uma vasta lista de destinos e passeios incríveis, com datas flexíveis, e o melhor de tudo, com preços super atrativos!
Ocorre que nem tudo são flores. Muitos consumidores com viagens programadas por essas plataformas viram seus sonhos irem por água abaixo nos últimos anos, seja pela falta de disponibilidade de datas para remarcar a viagem, seja por pacotes que não correspondem ao que foi comprado, empresa que não realizou o reembolso, crédito ou ressarcimento dos valores pagos, propaganda enganosa, cláusulas contratuais abusivas ou falta de informações claras e precisas. Esses são apenas um pequeno exemplo dos problemas enfrentados pelos consumidores todos os dias!
A Hurb, por exemplo, é campeã de reclamações em sites de defesa do consumidor, uma vez que, durante a pandemia vendeu muito mais pacotes do que o esperado e agora, com a retomada do turismo e alta nos preços das passagens, não está dando conta de cumprir as ofertas.
Ocorre que mesmo diante do cenário de pandemia e alta do dólar, empresas como a Hurb sabiam dos riscos e precisam honrar com suas ofertas. Isso se chama risco da atividade!
Diante desse descontrole por parte das empresas de turismo, inúmeros consumidores estão recorrendo à Justiça para conseguir usar seus pacotes, que apesar da escolha de 3 datas possíveis, não foram concretizados, gerando um amontoado de reclamações em todas as plataformas possíveis.
Os consumidores insatisfeitos com essas inúmeras remarcações, podem pedir o reembolso dos valores gastos, a partir do princípio de que toda remarcação nesse caso é considerada abusiva, uma vez que a empresa já possuía um calendário bem flexível.
Mas vale ressaltar que, o consumidor que se sentir lesado, antes de mais nada, devem entrar em contato com a empresa de viagem contratada, via telefones e chats de atendimentos, para tentar uma composição amigável. Em seguida, é muito importante formalizar uma reclamação em sites como: consumidor.gov.br, plataformas do Procon, no Reclame Aqui, entre outros, para tentar uma solução extrajudicial. Mas caso nenhuma das alternativas anteriores surtir efeito, é interessante procurar um advogado e ajuizar um processo judicial.
Mas como diz aquele velho ditado, “ É melhor prevenir do que remediar”, desconfie de pacotes e passagens com preços muito abaixo do mercado. Valores “mirabolantes” podem gerar problemas no futuro.
Então, caso você consumidor esteja programando uma viagem, antes de mais nada, primeiro busque informações sobre a agência. Leve em consideração as reclamações sobre as empresas tanto no Procon quanto nos sites especializados neste assunto. Leia atentamente o que diz o contrato que será assinado. Tente não pagar todo o pacote de uma única vez. Parcele.
Mas caso, mesmo assim, sua viagem seja frustrada, para o possível ajuizamento de uma ação de danos materiais ou morais, é de suma importância guardar todos os comprovantes do pacote adquirido, prints do que a empresa ofereceu, anotar os protocolos das ligações feitas e e-mails enviados, bem como cópia do contrato firmado com a empresa e procurar um advogado de sua confiança.